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Afinal eles não nascem cabranotes. Eles fazem-se.

Este fim de semana, no baptizado do Simão (bebé lindo, coisa fofa, cutxi-cutxi), estava o meu primo Pedro, que tem 15 ou 16 anos. E à mesa, numa coragem gira de se ver, o miúdo falava-nos da namorada. Do quão apaixonado está, pela primeiríssima vez!  Segundo ele ''já dura há 10 meses, é coisa séria, e amor de verdade!''. Opá, há lá coisa mais querida nesta vida? Não há. 

Claro que nós, que já andamos nisto há mais tempo, e que já percorremos muito alcatrão na estrada do mais belo amor, sabemos que aquilo não vai dar em nada. Que depois desta virá outra, e depois outra... mas isso não importa nada! O que interessa é que neste momento o puto está perdido de amor, que quer ficar com ela até ser velhinho (já canta o Carlão!), e que acredita nisso com todas as forças daquele corpitxo a rebentar de hormonas por todo o lado!

Dizia até (e aqui então só me apeteceu apertá-lo e dar-lhe beijinhos) que no aniversário lhe ofereceu um colar de 39 euros, quando a mesada dele são 40! Que andou o mês inteiro apertado mas que valeu a pena.. porque ela é mesmo especial!!!

 

Isto para dizer que, enquanto o Pedro falava da namorada, a família dizia coisas como ‘’tem juízo, olha que tens 16 anos, tu tens idade é para ter muitas’’, ‘’não sejas mariquinhas, isso não é nada’’, ‘’ahhh compraste-lhe um colar? Ui ainda vais comprar tantos’’. 

E riam-se muito, e tentavam convencê-lo que ser garanhão é que é, e que isto do romantismo é uma paneleirice… que ele tem idade é para experimentar muitas, em vez de se agarrar e dedicar a uma só.

 

Vim para casa a pensar nisto e conclui: os gajos não nascem cabrões…. Eles fazem-se!

Porque na primeira vez que se apaixonam, os bichos são tal e qual como nós. Românticos, pirosos, crentes e fofinhos…  só que depois cai-lhes a sociedade em cima. E vêm os preconceitos, os machismos e os disparates de que''há que ser homem!’’ e aí acaba-se tudo.

Digam o que disserem, saibamos nós (ou não!) que estes primeiros amores têm dias contados, a verdade é que não há nada mais querido do que ver um miúdo de 16 anos completamente apaixonado! Assim, sem passado, sem desgostos, sem experiência, sem porra nenhuma. A sentir tudo pela primeira vez… antes de se transformar em ‘’gajo’’ e virar um safadão do pior.

Porque eles não nascem cabranotes… eles fazem-se.

 

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