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Lion - um filme bonito (com uma banda sonora LINDONA)

Uma das coisas que me irrita assolapadamente no Inverno, para além do inverno propriamente dito, é a falta de vontade de fazer coisas. Qualquer coisa. Uma pessoa acorda de manhã e só de pensar em despir as calças do pijama sente logo uma pontada nas cruzes. Um desmaio mental!

Não há espírito para passeios ao ar livre, para noitadas nem forrobodós. Não há condições para ‘’combinações’’ depois das sete da tarde, nem para nada que ultrapasse a terapia de sofá, com series, livros, mantas polares, e canecas de chá. Toda uma velhice.

Maaaas, e porque não podemos fazer a vontade ao corpinho, (se fizesse tinha pedido uma licença sem vencimento e só saia de casa lá para Maio), de quanto em vez lá invento qualquer coisa para ocupar o tempo, que não implique levar com rabanadas de vento na cara, nem passar muito tempo ao frio. ''Pegar um cineminha'', por exemplo, é umas das melhores opções no combate à molenguice do rigoroso Inverno.

Posto isto, Sábado, fui ver o LION, filme de que já vos tinha falado e que me disseram ser uma coisa muito linda, capaz de fazer chorar as pedrinhas mortas da calçada. Alerta amarelo! Quando me falam em choraminguice cinematográfica eu cá alinho sempre! Porquê? Porque adooooro um bom dramalhão, daqueles que nos rasgam até ao fundinho da alma e que nos deixam a soluçar na cadeira, já depois das luzes da sala estarem acesas. Adoro, o que querem que vos diga? E no meu caso nem precisa ser a melhor história da vida. Não. Sou uma ''mariquinhas pé de salsa’’ e qualquer dialogo mais profundo, qualquer velhinho infeliz, qualquer musiquinha melosa, me arranca uma chuvada dos olhos! Sou uma fácil.

 

Contudo, nem foi esse o caso. Não, não chorei baba e ranho, mas achei o filme muito bonito. Mais, achei muito inteligente e uma forma muito eficaz de chamar a atenção das pessoas para um problema gravíssimo: todos os anos, mais de 80 mil crianças desaparecem na Índia, acabando por ser vendidas para tráfico, inseridas em redes de pedofilia, prostituição infantil... enfim, sabe Deus para mais o quê!

 

Não querendo contar tudo, só dizer que o filme conta a história (verídica) de um menino Indiano que se perde da família e que acaba por ser adoptado por um casal Australiano, que o cria como se fosse deles.

Numa primeira fase o filme mostra-nos a assustadora facilidade (e frequência) com que estas coisas acontecem, e depois a necessidade que este miúdo tem de reencontrar a família biológica, vinte anos mais tarde.

Não vou dizer muito mais porque perde a graça...mas vale a pena ver!

 

Saí do cinema a pensar nisto da adopção e na pertinência da mesma. Claro que um filho biológico é o sonho de (quase) toda a gente, mas a adopção é provavelmente o ato mais generoso do homem. Mais humano.  

 Vão ao cinema e vejam... pessoalmente, mexeu-me muito com o pequeno órgão vital.

 

Love*

Elza 

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