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Uma esfrega felicidade?

Uma ''esfrega-felicidade-na-tromba-alheia'', foi assim que me senti, há pouco, quando cheguei ao escritório, abri a caixa de mensagens, e li este comentário, num dos meus últimos posts. (Foi apagado, estou no meu direito!) :

 

«São estes blogues que me metem nojo. Estas meninas com vidinhas de Cinderela que têm dinheiro, amores de filme, e vêm para aqui mostrar a felicidade aos outros. Deviam ter vergonha na cara de vir gozar com os pobres.»

 

Assim, sem tirar nem pôr. 

E podia dizer que me ri, como muitas vezes riu das barbaridades que anónimos escrevem (não, os haters não são exclusivos dos grandes blogues, chegam para todos), mas não seria verdade. Desta vez beliscou-me o pequeno órgão vital. Porquê?

Porque quando criei este blogue quis sempre que fosse um espaço ensolarado. Onde partilho maioritariamente o lado bom da (minha) vida. É uma espécie de terapia, uma forma de me auto estimular e de contrariar um certo pessimismo que me entope corre nas veias.

Há pouco, dei por mim a questionar a eficácia daquilo que escrevo. A forma como chego às pessoas. Não se pode agradar a todos, bem sei, mas em momento algum quis'' dar uma de mete-nojo''. Inventar uma daquelas vidas absolutamente incriveis, pelas quais passamos o dedo no feed do instagram, e que nos parecem sempre muito melhores do que a nossa! (Falei nisso AQUI).

Não é essa a ideia do estaminé, e nunca me passou pela cabeça que dessa forma pudesse ser interpretado. Porque a perfeição de que a leitora fala não existe. Não é real. 

O que está deste lado é uma miúda normal com uma vida igualmente comum, que procura encontrar sempre qualquer coisa a que se agarrar. ''Qualquer coisa'' que muitas vez é este blogue! Um sítio onde tento ser positiva, rir do que me acontece, e partilhar as parvoíces que me passam pela cabeça, e que são muitas!

 

Quanto ao amor de cinema... ui...será que isso existe mesmo? Eu cá acho que não.

É verdade que muitas vezes vos mostro o Alexandre (cada vez menos, porque ele não adora e eu respeito), que falo das peripécias da vida a dois, mas a minha relação está longe, tão longe, de ser perfeita! Simplesmente não venho para aqui expor a nossa intimidade. As nossas desavenças. Era o que mais faltava!  

Para que percebam, quando conheci o Alexandre, eu nem acreditava muito no amor. Vinha escaldada de uns quantos casos falhados e tinha perdido um bocadinho a crença no puto de fralda, asinhas e flecha na mão,  que volta e meia nos espeta uma seta nas costas.

Se muitas vezes falo no Alexandre é porque penso que possa haver desse lado muita gente descrente, tal como eu era. Porque é uma parte da minha vida... tão imperfeita como as outras mais importante, sim. 

 

Peço desculpa se dei, por algum momento, a entender ter uma vida de Cinderela (assim de repente acho que não, partilho até muitas vezes por aqui as minhas ''macacoadas'' e preocupações), porque nunca foi esse o propósito.

 Sou uma miúda com muita sorte, sou, mas tenho problemas, como toda a gente, inclusive financeiros (não sei onde foram buscar a ideia de que sou rica), só que tento não deixar que isso me azede. Que torne o blog um espaço ''menino da lágrima'',  cinzento rato.

 

Porque àquilo que vocês chamam ''vida de cinderela'' eu chamo apenas  ''estar de bem com a vida''. Certa de que tenho feito tudo aquilo que posso para ser cada vez mais feliz. Mais plena... menos dramática. Mais agradecida. 

 

Love*

Elza 

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